Dancing in the dark e outras boas ideias

Gosto do Bruce Springsteen. E gosto da mítica canção Dancing in the dark. O que não sabia é que se trata de uma canção que retrata a falta de inspiração para…escrever uma canção.

bruce-springsteen

Fui reler o poema:

I get up in the evening
And I ain’t got nothing to say
I come home in the morning
I go to bed feeling the same way
I ain’t nothing but tired
Man I’m just tired and bored with myself
Hey there baby, I could use just a little help

You can’t start a fire
You can’t start a fire without a spark
This gun’s for hire
Even if we’re just dancing in the dark

Message keeps getting clearer
Radio’s on and I’m moving ‘round the place
I check my look in the mirror
I want to change my clothes, my hair, my face
Man I ain’t getting nowhere
I’m just living in a dump like this
There’s something happening somewhere
Baby I just know that there is

You can’t start a fire
You can’t start a fire without a spark
This gun’s for hire
Even if we’re just dancing in the dark

You sit around getting older
There’s a joke here somewhere and it’s on me
I’ll shake this world off my shoulders
Come on baby this laugh’s on me

Stay on the streets of this town
And they’ll be carving you up alright
They say you gotta stay hungry
Hey baby I’m just about starving tonight
I’m dying for some action
I’m sick of sitting ‘round here trying to write this book
I need a love reaction
Come on now baby gimme just one look

You can’t start a fire sitting ‘round crying over a broken heart
This gun’s for hire
Even if we’re just dancing in the dark
You can’t start a fire worrying about your little world falling apart
This gun’s for hire
Even if we’re just dancing in the dark
Even if we’re just dancing in the dark
Even if we’re just dancing in the dark
Even if we’re just dancing in the dark
Hey baby

Estou muito longe de ser músico ou poeta. Mas também às vezes me sinto sem inspiração. Não para compor uma canção mas para desenhar um modelo de negócio, comunicar uma ideia, resolver um problema ou inovar num qualquer aspecto do meu negócio. Ou, apenas, para cumprir aquela tarefa menos sexy que sei que tenho que cumprir e não me apetece…

Talvez tudo o que precise, nesses momentos, seja o que diz o Springsteen, “a spark”, uma faísca que tudo precipite.

O que sei é que essa faísca é mais provável de surgir se trabalhar afincadamente nesse sentido, seja por via da discussão com outras pessoas, de aprender com quem sabe mais, de estudar, de tentar uma e outra vez ou apenas, estando mais atento àquilo que me vai na alma.

E, quem sabe,  mesmo um momento de aparente falta de inspiração não resulta num hit como aconteceu com “Dancing in the dark”!

Votos de muita inspiração,

Hugo Belchior

 

They say you gotta stay hungry
Hey baby I’m just about starving tonight

 

 

Escrevi um livro

De vez em quando gosto de me colocar um obectivo ambicioso, algo diferente do que tenha feito antes.

Desta vez propus-me escrever um livro. Um livro que juntasse dois mundos. O mundo da fisioterapia, mundo onde emergi profissionalmente, e o mundo do empreendedorismo, mundo que abracei há já vários anos.

O meu objectivo inicial era o de poder criar algo que fosse útil para quem quisesse saber algo mais sobre alguns aspectos da criação de negócios e da gestão mas que não tivesse formação de base nestas áreas ou sequer experiência. Pretendia fazer algo muito simples mas com aplicação prática.

À medida que fui escrevendo, porém, fui acrescentando mais temas aos que inicialmente planeara abordar porque me fui entusiasmando com o processo criativo e porque fui sendo desafiado nesse sentido pelas pessoas com quem ia partilhando o manuscrito.

O resultado é um livro que, não explorando cada tema de maneira profunda, toca naqueles que julgo serem mais importantes para quem ambiciona montar o seu negócio e não sabe exactamente que aspectos considerar ou por onde começar. Creio que com a sua leitura poderá ficar com uma ideia mais clara se o caminho do empreendedorismo é o caminho ideal para si e, se for, quais os aspectos críticos do negócio que não pode deixar de planear.

Imagem capa 3d

Esta partilha é feita tendo como plano de fundo a fisioterapia e os fisioterapeutas contudo, em bom rigor, pode ser útil para outras áreas profissionais.

O download da versão digital do livro poderá fazer-se de forma totalmente gratuita em www.fisioterapeutaempreendedor.pt, um site que passarei a actualizar com mais conteúdo útil, desde logo com entrevistas vídeo. Vou começar com entrevistas a algumas pessoas especiais, nomeadamente aquelas cujos casos eu descrevo no livro, num pequeno capítulo destinado a contar histórias de fisioterapeutas empreendedores.

Este foi um projecto desafiante, que exigiu um investimento considerável e que me consumiu mais tempo do que tinha previsto inicialmente. Apesar de tudo isso, se a sua leitura puder contribuir para uma comunidade mais empreendedora e competente e se puder inspirar nem que seja uma só pessoa a lançar o seu negócio próprio, considerarei que valeu a pena.

Este foi o meu primeiro livro – talvez não seja o último –  e, se fosse começar agora, há já coisas que faria de maneira diferente contudo, se decidisse apresentá-lo apenas quando o considerasse perfeito, o mais provável é que nunca o apresentaria.

Deixei de ter medo de partilhar coisas que não estão totalmente acabadas até porque a vida, ela própria, é uma viagem em permanente construção. Esta viagem deu-me muito prazer percorrer. Espero que também a si lhe dê prazer ler.

Fico a contar com a sua visita a www.fisioterapeutaempreendedor.pt onde poderá descarregar o livro “Como ser um fisioterapeuta empreendedor: dicas para lançar o seu negócio“. Aguardo pelo seu feedback para que a próxima edição possa ser ainda melhor e mais útil.

 

Um abraço do,

Hugo Belchior

PS. o livro só será lançado no dia 8 de Setembro, Dia Mundial da Fisioterapia contudo, já pode fazer o seu registo no site; receberá depois o livro no seu email.

 

A Evolução começa em nós: a lição da vitória no Campeonato da Europa de Futebol

A assinatura da Bwizer, Your Evolution, traduz bem aquela que é a nossa missão: contribuir para a evolução dos nossos clientes.

E se nós contribuímos para a evolução de milhares de clientes – que ao comprarem os nossos produtos validam a razão de existirmos – temos que garantir que essa evolução ocorre também dentro de nossa casa. Se uma empresa não promove a evolução dos seus colaboradores, com novos e redobrados desafios, se não aposta no aumento do seu conhecimento, se não sugere o esforço individual, se não tem forma de premiar o mérito, acredito que está condenada; é uma questão de tempo. Só evoluindo internamente se poderá evoluir nos resultados que se veem de fora.

Esta reflexão vem também a propósito da vitória de Portugal no Campeonato de Futebol de 2016 – e que alegria imensa me proporcionou! – já que me parece que também aqui houve uma clara aposta na evolução interna, que esteve na base do resultado que obtivemos.

Pouco sei de táctica pelo que me absterei de tecer qualquer comentário sobre isso. Focar-me-ei noutro ponto: no trabalho mental.

Já se sabe que o futebol é um desporto que tem uma dose não desprezível de jogo de sorte, uma vez que com vitórias construídas com tão poucos golos, qualquer acaso que leve a um, muda completamente o resultado e, com isso, a análise do que esteve na sua base. (Essa “aleatoriedade” é, aliás, o que torna o jogo tão emotivo)

De todo o modo, ligando os pontos olhando para trás, e partindo da vitória na final de ontem, parece haver um conjunto de coisas que nada tiveram de aleatório e que poderão ter sido determinantes. Refiro-me ao treino mental, que injectou doses massivas de confiança e de crer que, na hora da verdade, aliado a alguma maior frescura física no prolongamento, penso poderem ter sido os ingredientes que nos fizeram gritar de alegria com o inesperado (?) golo do Éder.

Citação YourEvolution Bwizer

Reparemos:

  1. no fim do seu jogo inaugural como seleccionador, precisamente contra a França, após a derrota por 1-2, terá dito aos seus jogadores que ali regressariam 2 anos depois, para serem campeões;
  2. partimos para o torneio assumindo o desejo de o vencer, ao contrário da postura – conservadora – que sempre se costumava adoptar nestas circunstâncias;
  3. já durante o campeonato, quando muitos duvidavam do trajecto da selecção, Fernando Santos assumiu com valentia que só tencionava regressar a casa no dia 11 (e ainda assumia que o Cristiano Ronaldo haveria de bater o próximo penalty que houvesse e que o converteria – ele que tinha falhado um contra a Áustria);
  4. há 4 semanas, o seleccionador escreveu uma carta para si próprio – que só ontem foi revelada – celebrando a vitória que aí visualizava;
  5. o trabalho motivacional de Cristiano Ronaldo junto ao João Moutinho, antes dos penáltis contra a Polónia;
  6. o referido treino mental de Éder

Não pode ser só coincidência. Há aqui um treino concertado e pensado, que ajuda os atletas a transcenderam-se e a ajudarem os companheiros a transcender-se.

O mindset não é tudo mas que é uma componente importante, isso é. Talvez a componente que Fernando Santos conseguiu trabalhar como ninguém antes e que, associado a uma gestão muito pragmática das forças e fraquezas do grupo de atletas que tinha, permitiu um trabalho eficaz e com o desfecho mágico – pelo menos para os portugueses – que todos conhecemos.

Isto não pode também dissociar-se do trabalho geral que está a ser feito na Federação, com profissionalismo e resultados excelentes em vários escalões.

A Your Evolution começa dentro de portas e parece-me que a nossa selecção é um excelente exemplo do que é fazer um trabalho interno competente, consciente e profissional. Repliquemo-lo noutras dimensões e poderemos, todos, chegar bem mais longe.

Ainda aprende à moda antiga?

Se acha que o único caminho de sucesso ainda é o de entrar numa universidade reputada para, com isso, se tornar num activo mais interessante para as empresas que o possam vir a contratar, talvez esteja a pensar mal.

Não discuto o valor que isso possa ainda ter, aqui e ali, sobretudo numa ou noutra área mas, definitivamente, no grande sistema mundial, isso é cada vez menos o principal factor distintivo entre as pessoas. E a razão é que o conhecimento é cada vez mais uma commodity e, como sabemos, nestes casos o factor distintivo tende a ser o preço.

Ora, se não quer que o factor que o diferencia seja o preço (mais baixo), o seu caminho tem que ser o da diferenciação.

Stop-Stealing-Dreams-Seth

Está claro que o conhecimento é um desse factores de diferenciação. A questão é que já não tem que ir para uma universidade para o adquirir. As fontes onde o pode ir beber são cada vez mais diversas e até, cada vez mais baratas. A Bwizer tem procurado aproveitar esta tendência do mercado (e creio que relativamente bem) mas temos noção que se trata de um mercado a mudar a um ritmo demasiadamente elevado para nos deixarmos adormecer à sombra do modelo de negócio actual.

O conteúdo Web, de qualidade e muitas vezes gratuito, converteu-se no nosso grande concorrente. E é também por isso que estamos cada vez mais a apostar em conteúdo Web, relevante e, tantas vezes, gratuito. É um caminho caro, difícil e incerto mas, a incerteza de nos mantermos cristalizados a fazer aquilo que foi um modelo de sucesso na década de 10 deste século, é pedir problemas.

Seja como for, o que me parece indiscutível é que a forma como as pessoas estão a aprender está a mudar e que o valor dos caminhos tradicionais, muito formatados e standardizados, está em queda abrupta um pouco por todo o mundo. Pense nisto. Para si, e para os seus filhos (actuais ou futuros). Talvez tenha que se ir habituando à ideia de que o caminho de êxito que perspectivava para o seu filho tem que ser considerado com condicionantes diferentes daqueles com que projectou o seu próprio caminho, não tendo que passar por uma Universidade reputada, antes dando-lhe respostas ágeis às dúvidas que possa ter e ao conjunto de interesses específicos que demonstre.