A assinatura da Bwizer, Your Evolution, traduz bem aquela que é a nossa missão: contribuir para a evolução dos nossos clientes.
E se nós contribuímos para a evolução de milhares de clientes – que ao comprarem os nossos produtos validam a razão de existirmos – temos que garantir que essa evolução ocorre também dentro de nossa casa. Se uma empresa não promove a evolução dos seus colaboradores, com novos e redobrados desafios, se não aposta no aumento do seu conhecimento, se não sugere o esforço individual, se não tem forma de premiar o mérito, acredito que está condenada; é uma questão de tempo. Só evoluindo internamente se poderá evoluir nos resultados que se veem de fora.
Esta reflexão vem também a propósito da vitória de Portugal no Campeonato de Futebol de 2016 – e que alegria imensa me proporcionou! – já que me parece que também aqui houve uma clara aposta na evolução interna, que esteve na base do resultado que obtivemos.
Pouco sei de táctica pelo que me absterei de tecer qualquer comentário sobre isso. Focar-me-ei noutro ponto: no trabalho mental.
Já se sabe que o futebol é um desporto que tem uma dose não desprezível de jogo de sorte, uma vez que com vitórias construídas com tão poucos golos, qualquer acaso que leve a um, muda completamente o resultado e, com isso, a análise do que esteve na sua base. (Essa “aleatoriedade” é, aliás, o que torna o jogo tão emotivo)
De todo o modo, ligando os pontos olhando para trás, e partindo da vitória na final de ontem, parece haver um conjunto de coisas que nada tiveram de aleatório e que poderão ter sido determinantes. Refiro-me ao treino mental, que injectou doses massivas de confiança e de crer que, na hora da verdade, aliado a alguma maior frescura física no prolongamento, penso poderem ter sido os ingredientes que nos fizeram gritar de alegria com o inesperado (?) golo do Éder.
Reparemos:
- no fim do seu jogo inaugural como seleccionador, precisamente contra a França, após a derrota por 1-2, terá dito aos seus jogadores que ali regressariam 2 anos depois, para serem campeões;
- partimos para o torneio assumindo o desejo de o vencer, ao contrário da postura – conservadora – que sempre se costumava adoptar nestas circunstâncias;
- já durante o campeonato, quando muitos duvidavam do trajecto da selecção, Fernando Santos assumiu com valentia que só tencionava regressar a casa no dia 11 (e ainda assumia que o Cristiano Ronaldo haveria de bater o próximo penalty que houvesse e que o converteria – ele que tinha falhado um contra a Áustria);
- há 4 semanas, o seleccionador escreveu uma carta para si próprio – que só ontem foi revelada – celebrando a vitória que aí visualizava;
- o trabalho motivacional de Cristiano Ronaldo junto ao João Moutinho, antes dos penáltis contra a Polónia;
- o referido treino mental de Éder
Não pode ser só coincidência. Há aqui um treino concertado e pensado, que ajuda os atletas a transcenderam-se e a ajudarem os companheiros a transcender-se.
O mindset não é tudo mas que é uma componente importante, isso é. Talvez a componente que Fernando Santos conseguiu trabalhar como ninguém antes e que, associado a uma gestão muito pragmática das forças e fraquezas do grupo de atletas que tinha, permitiu um trabalho eficaz e com o desfecho mágico – pelo menos para os portugueses – que todos conhecemos.
Isto não pode também dissociar-se do trabalho geral que está a ser feito na Federação, com profissionalismo e resultados excelentes em vários escalões.
A Your Evolution começa dentro de portas e parece-me que a nossa selecção é um excelente exemplo do que é fazer um trabalho interno competente, consciente e profissional. Repliquemo-lo noutras dimensões e poderemos, todos, chegar bem mais longe.